Nara
1968
Lindonéia – Inspirada na “Lindonéia” (ou a “Gioconda do Subúrbio”) do jovem pintor Ruben Gerchman.
Caetano Veloso escreveu este bolero a meu pedido.
Quem é – Minha homenagem a Carmem Miranda. Ela inventou um estilo pessoal e fez história, mas vivemos num país de memória curta.
Sua gravação original deste chorinho de Custódio Mesquita e Joracy Camargo é de 1937.
Donzela por piedade não perturbes – Modinha do tempo do Império, de autoria de J.S.Arvelos. Mário de Andrade reuniu em “Modinhas
Imperiais” (edição de 1930) os mais expressivos e históricos exemplos desta esquecida forma musical brasileira.
Mamãe coragem – Uma composição de 1968, de Caetano Veloso e Torquato Neto.
Anoiteceu – samba de Francis Hime e Vinícius de Moraes, cantado por Roberto Carlos no Festival da Música Popular Brasileira, em
1966. Esta é, porém, a sua primeira gravação com a letra.
Modinha – A 5/ das 14 serestas de Heitor Villa Lobos, com letra do poeta Manuel Bandeira. Sua versão original, para canto e piano,
é de 1925.
Infelizmente – Uma das muitas obras-primas de Lamartine Babo, esta de parceria com Ary Pavão. A gravação original é de 1933, feita
pelo próprio Lamartine.
Um chorinho chamado Odeon – Em 1908, Ernesto Nazareth fo contratadio para animar a sala de espera do cinema Odeon. Muita gente
comprava ingresso para o filme, mas passava a tarde ouvindo o seu piano. Como Rui Barbosa, Paula Barros, Tomás Teran e Rubinstein.
Em 1968, a meu pedido, Vinícius de Moraes fez a letra do chorinho que Nazareth chamou de “Odeon”.
Mulher – Este fox-canção de Custódio Mesquista e Sady Cabral foi gravado pela primeira vez por Silvio Caldas, em 1940. Em 1951 voltou
a fazer sucesso na voz de Carlos Galhado.
Medroso de amor – Esta é uma das 87 canções de Alberto Nepomuceno, autor de obras sacras, orquestrais e de câmera, nascido em Fortaleza
no ano de 1864. A letra desta canção de forte influência operística é de Juvenal Galeno.
Deus vos salve esta casa santa – De um tema folclórico baiano, Caetano Veloso e Torquato Neto escreveram esta crítica à sociedade moderna.
Tema de “Os inconfidentes” – Os versos são do “Romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles. Foram musicados por Chico Buarque de
Hollanda para os “Inconfidentes”, espetáculo de Flávio Rangel, do qual participei e que estreou em 12 de julho de 1968, no Teatro Municipal
do Rio de Janeiro.
Agradeço a colaboração do Museu Villa Lobos, Museu da Imagem e do som, Escola Nacional de Música e a Sérgio Santeiro.
Dedico este trabalho ao meu marido Carlos Dieguyes, cuja presença tornou possível sua realização.
Nara Leão